terça-feira, 23 de junho de 2009

Redes Sociais No Jornalismo


Como podem as redes Sociais contribuir e fazer parte do trabalho jornalístico?

Primeiramente é necessário explicar o que é esta nova ferramenta criada pela Internet. As redes sociais não passam de redes de comunicação, onde se compartilham idéias e valores pessoais ou profissionais. Basicamente estas redes sociais criadas, como o Hi5, o facebook, o my space, ou o Twitter, são um lugar virtual onde as pessoas se juntam e se sociabilizam sem haver contacto humano: falando, aderindo a grupos do seu interesse. Contudo é capaz de se saber mais de uma pessoa através do seu perfil numa rede social, do que a própria contaria numa entrevista a um jornalista por exemplo. É através desta nova rede social criada na internet que as pessoas expõe a sua intimidade como fazem na vida real: encontram um velho amigo e ficam horas a falar,revêem fotografias que lembram bons e velhos tempos, vêem filmes, ouvem música, juntam-se em associações ou clubes.




Esta nova forma de comunicar pode ser utilizada no jornalismo de várias formas.

- A primeira e mais óbvia, é usar as redes sociais como um meio para encontrar fontes. Através das redes sociais, o jornalista tem acesso a um número indeterminado de fontes e de informação e é observando as queixas, os comentários, as informações publicadas que o jornalista pode auxiliar,especificar, encontrar diferentes pontos de vista, complementando assim a sua notícia, enriquecendo o seu trabalho.

- A segunda forma é o feedback que um jornalista pode obter sobre um trabalho jornalístico que realizou. Ou seja um trabalho bem feito pode fazer com que sejam feitos comentários, discussões, debates, fazendo propaganda dentro de uma rede social amplificando assim o seu impacto. Contrariamente um trabalho jornalístico mal feito pode ser desmentido e ridicularizado na rede social. Clarificando um pouco a situação, observar o que se fala dentro da rede social sobre o seu trabalho, apesar de muitas vezes ser penoso, pode oferecer maior clareza sobre o que as pessoas gostam ou não no trabalho, ou sobre mesmo o que pensam do meio de comunicação em que o jornalista trabalha.

- Finalmente outra forma será a de os jornalistas utilizarem eles próprios os sites de redes sociais com o objectivo de comunicar, interagir, obter e complementar informações e mesmo revelar novas notícias. Por exemplo muitos dos jornais online poderiam, e já o começam a fazer, utilizar o twitter, nem que seja para simplesmente publicarem informações sobre o trânsito, o tempo, notícias de última hora, etc. Porém o jornal ou o jornalista deve ter em conta o site da rede social em que publica, por exemplo se for no hi5 que é um site mais social, ou se for o Twitter que é de carácter internacional.

É notório que a melhor forma que qualquer meio de comunicação social tem, desde a Rádio, televisão, imprensa, de utilizar esta nova ferramenta é entendê-la, para que depois possa escolher a melhor maneira de atingir o público a que a informação se destina. Saber utilizar e usufruir das redes sociais pode trazer muitos benefícios para um trabalho jornalístico, desde introduzir novas informações até aprofundar a informação do acontecimento. É portanto necessário que um jornalista, nos dias que correm, saiba utilizar todas as ferramentas que a Internet tem, pois o futuro possivelmente a elas pertence.

domingo, 21 de junho de 2009

Entrevista a Paulo Querido

Esta foi uma entrevista feita pela Jornalista Angela S. Marques ao jornalista Free lance Paulo Querido. Publicada no Semanário Económio no mês de Maio, achei bastante interessante coloca-la aqui, pois a entrevista é sobre o Kindle, os jornais e os próximos 20 anos!

Como acha que serão os jornais daqui a 20 anos? Os jornais do futuro serão mesmo projectados num Kindle ou num instrumento parecido?

Só um louco responderá a uma questão que envolve jornais e um prazo de 20 anos, mas vamos lá a isso. Daqui a 20 anos teremos dois suportes diferentes para os jornais. Num deles, o papel, o conteúdo será muito diferente do actual: o jornal apresentará tudo excepto notícias. Estas foram transmitidas por outros canais. No outro suporte, o electrónico, teremos conteúdos mais parecidos com os que hoje integram os jornais: noticiário relevante localmente, análise, reportagem. Ao contrário dos conteúdos do papel, que serão de baixo ou nulo valor, aqui teremos conteúdos de valor: o jornal electrónico, um suporte caro quando comparado com o papel, terá subscrições diferenciadas para públicos à medida.
O Kindle estará num museu, bem como a sua descendência próxima. A 6 geração, se ainda existir, servirá de aparelho de interacção à distância, incluindo acesso à Wikipedia humana ou equivalente. Mas só para os pobres que não puderem dispor de um chip usável como roupa ou adorno, com o seu cone de projecção holográfica.

Os jornais serão por isso um produto mais caro?
Teremos jornais baratos e até de borla, como hoje, em papel — um suporte cada vez mais económico. E teremos jornais mais caros, os electrónicos, sejam em suportes de papel especial, sofisticado, capaz de reproduzir imagem animada, durável, lavável, sejam em suportes de plástico que farão mais ou menos o mesmo, sendo deles concorrentes.


Os jornais em papel têm tendência a desaparecer?
Em quantidade de títulos, penso que sim — mas não o tenho por adquirido. Assistiremos, sim, a uma degradação da qualidade da imagem hoje associada aos jornais: o que estava reservado a grupos prestigiados passará a ser economicamente acessível aos supermercados e oficinas de automóveis. O que pode, até, multiplicar o seu uso. Em número de cópias, pelo contrário, a tendência é para o aumento.


Os jornalistas serão obrigados a mudar alguma coisa na sua forma de trabalhar, na sua opinião?
Tempo verbal errado. Os jornalistas JÁ SÃO obrigados a mudar de processos. A informação, bem como o respectivo acesso, há muito deixaram de ser um bem escasso.


O que mudará na forma como lemos os jornais? Acabará o saco do Expresso na mesa da esplanada e milhões de suplementos por ler?
A leitura de lazer — a de fim de semana, que descreve — continuará mais ou menos nos mesmos moldes. Sendo o papel mais barato que a sua própria distribuição, teremos inevitavelmente mais suplementos — pelo menos nos próximos anos. Até ao limite suportável…. do peso.


Esta possibilidade que já existe de termos notícias ao minuto na internet… com um jornal no Kindle poderemos ter as notícias ao minuto em qualquer lugar? Sem precisarmos de estar ao computador?
Sim — mas isso não tem nada a ver com 20 anos. Eu já tenho isso. No meu iPhone. Leio quando quero o que quero — desde que, no caso português, seja o Público. Ter um aparelho de 400 euro, um mono a preto e branco, só para ler jornais, revistas e livros — não me parece nem prático nem aconselhável. Mas se ele for um canivete suíço da comunicação, versátil, com audio e video, acesso às redes de dados e voz, então já me parece sensato carregar com um. De preferência, pequeno.


Ver site:
Certamente- Paulo Querido

Características Dos Jornais OnLine

Porque a Internet é o futuro de qualquer meio de comunicação, decidi então falar sobre as principais características dos Jornais Online:

  1. Interactividade
    Possibilidade de os leitores participarem e interagirem com o jornal através de comentários deixados nas notícias. Porém o leitor pode ainda noticiar funcionando como fonte.

  2. Hipertexto
    União num único suporte de conteúdos de escrita, de som, de imagem e de vídeo.

  3. Personalização
    Permite ao leitor a possibilidade de consumir unicamente o que quer e como quer, desde que o faça de acordo com os parâmetros do jornal. Ou seja, é a forma como o leitor interage com o conteúdo do jornal.

  4. Instantaneidade
    A possibilidade de as notícias serem transmitidas em tempo real, no momento em que são realizadas são publicadas.

  5. Existem mais duas características que devem ser realçadas: o facto de as notícias serem de fabrico local mas tem um alcance mundial, e finalmente o facto de a Internet possibilitar ao leitor o aprofundamento da notícia, isto quer dizer que o leitor ao navegar pela Internet, de site em site e de página em página, encontrará mais informações que complementaram a notícia.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Reflexão sobre Jornais impressos e Internet

Qual será o futuro dos Jornais Impressos?

Quando em 1447 Guttenberg inventou a imprensa, ele estaria longe de imaginar que alargaria a capacidade de aprender, de dialogar e imaginar das pessoas, deixando estas de serem súbditos da informação governamental para se tornarem em cidadãos informados sobre o mundo que os rodeia e escolher os seus próprios caminhos.

Com o aparecimento da rádio pensou-se no fim dos jornais, com o aparecimento da televisão pensou-se no fim da rádio, contudo ainda hoje todos existem, uns com mais dificuldades que os outros é verdade, mas existem. Porém é um novo meio de comunicação, a Internet, que vem realmente pôr em causa os jornais de papel, pelo simples facto de este novo media ser mais rápido e ter uma capacidade esplendorosa de abranger globalmente um indeterminado número de pessoas. Contudo todos os meios de comunicação social inventados e que até hoje nos chegam, não passam de meras imitações da base de todos os media: a imprensa.

Locutores de Rádio, apresentadores de televisão e cibernautas, não são mais do que imitadores, por vezes de pior qualidade, do que os jornalistas de respeito e profissionais idealizam e aplicam nos jornais. A única diferença entre estes 4 meios de comunicação social está nas técnicas necessárias que cada meio exige: em rádio é preciso saber colocar a voz, em televisão é preciso lidar com câmaras e saber estar perante delas, na Internet é necessário saber utilizar as suas ferramentas, desde blogues a sites passando pelas redes sociais como o hi5 e o facebook. E finalmente na imprensa é necessário saber manusear a escrita.

Apesar de a base ser sempre informar, com o surgimento da Internet os jornais em papel deixaram de fazer sentido para muitos. O assunto é controverso mas já há quem afirme que os jornais impressos têm os dias contados, pelo simples facto de que a Internet permite o acesso imediato á notícia e informações em tempo real. Ou seja, a instantaneidade da Internet, cujo objectivo é informar o mais rápido possível. A imprensa tornou-se num produto velho, fabricado de maneira antiquada e cuja lentidão é comparada á de um caracol se formos pôr lado a lado imprensa e Internet.

A chamada Era Digital chegou, é um sistema que combina comunicação e lazer, onde todos os assuntos poder ser empacotados e ordenados para viajarem pelo mundo á velocidade da luz, desde filmes de hollywood até á conta bancária de alguém. A grande vantagem em relação aos jornais em papel, é que na Internet existe demasiada informação que passa pela fotografia, vídeo, som e chegam a nossa casa através do nosso computador pessoal a uma grande velocidade.

Contudo nem tudo é bom na Internet e nem tudo é mau na Imprensa, e a diferença encontra-se no tratamento do conteúdo informativo. A notícia que lemos num jornal em papel é um produto acabado e definido, podemos relê-la, sublinhar conceitos, reflectir sobre ela, mas nunca manipular ou transforma-la. Já a notícia que chega ao nosso computador é apenas um indício daquilo que o utilizador pode ainda vir a descobrir. A partir do que nela se conta o utilizador pode pedir detalhes sobre a informação, procurar fotografias e vídeos, para realizar por exemplo estatísticas por sua conta ou uma notícia mais aprofundada. Poderemos dizer que o bom e velho jornal de papel é o meio mais confiável para se manter bem informado.

Não é de admirar que a Internet tenha transformado o Jornalismo e os meios de comunicação social, desde as rotinas jornalísticas de informação até ás formas e formatos de difusão da informação do produto jornalístico. Porque cada vez menos se compra jornais, estes decidiram lançar-se na Internet criando sites informativos sobres os seus jornais. Inicialmente as primeiras edições online limitavam-se a transcrever aquilo que faziam na versão em papel, só mais tarde se aperceberam o potencial da Internet, introduzindo funcionalidades próprias do meio digital e criando novos serviços apenas possíveis através da Internet. Os jornais online possibilitam ao utilizador ser Leitor, Ouvinte e Telespectador ao mesmo tempo, produzindo informação de cariz noticioso utilizando uma linguagem constituída por palavras, sons, imagens e vídeos.

Porque a busca de informação é a principal razão pela qual as pessoas acedem á Internet, os jornais impressos tem perdido para os jornais digitais, por exemplo como já referi, o caso do jornal português "O Público" que tem maior número de visitantes no seu jornal online do que compradores de jornal em papel. Levando a que os jornais online restrinjam certas e determinadas matérias apenas a assinantes do jornal.


Mas os jornais impressos ainda existem, são portáteis e manuseáveis. As marcas da tinta, o formato e qualidade do papel, o simples folhear, o cheiro peculiar do jornal, as folhas que nos protegem do sol, serão sempre motivações para que o leitor compre o jornal. Mas o essencial é que o excesso de informação e abuso de documentação que a Internet oferece, faz com que a imprensa escrita na sua forma tradicional seja indispensável, pelo simples facto de que ali sabemos que há veracidade, trabalho árduo e credibilidade.

O jornalismo digital ainda tem muito que desenvolver, o hipertexto, a interactividade, o acesso a bases de dados, o áudio, o vídeo, a animação, os canais de comunicação com os utilizadores, ainda escassas as experiências no jornalismo digital. Mas não deixará de fazer parte do futuro, e hoje a Internet é um auxiliar indispensável em qualquer redacção.

Podemos ainda nos inquietar pelo Futuro da imprensa escrita, reconhecendo que existe outra não-escrita que pertence ao mundo do jornalismo e dos meios de comunicação, contudo nunca esquecendo que foi dos jornais impressos que tudo começou, e se estes deixarem de existir, que ao menos estejam presentes digitalmente na Internet para que a arte que é o jornalismo prevaleça acima de tudo.

Sites a Visitar:
10 passos para salvar os jornais impressos
Vãos os jornais regionais acabar daqui a 5 anos?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Redacções Integradas

As redacções integradas não são mais do que todos os jornalistas a trabalharem numa só redacção, jornalistas de rádio, televisão e web partilham o mesmo espaço. Como o caso do jornal americano "The New York Times"ou do jornal britânico "The Daily Telegraph"

Passo a explicar melhor por tópicos a Integração das redacções:

1) As redacções do site e do jornal impresso em um só prédio. E tudo trabalhando com ferramentas tecnológicas;

2) Contratação de profissionais reconhecidos nos novos meios de comunicação (Em blogs, redes sociais, etc);

3) Uso de ferramentas de acesso livre á informação;

4) Existência de Blogues no Jornal;

5) Utilização do Newsgaming - Nova forma de fazer notícias;

6) Acesso gratuito a todas as secções do jornal online;

7) Referência de links que levam a novos sites e blogues;




Será que a integração das redacções irá mudar o destino dos jornais em papel?

Será o Fim Do Jornalista?

A informação é tão livre no mundo da Internet que podemos pôr em questão o papel do jornalista como Gatekeeper. Aquele Jornalista que decidia quais as informações que o público deveria ou não conhecer, já não define mais com rigor o papel do jornalismo. Nos dias que correm se um jornal opta por não publicar ou divulgar, pelo menos um dos inúmeros websites irão fazê-lo.

A tecnologia alterou a forma como os jornalistas cumprem o seu dever, estes novos jornalistas já não decidem o que o público vê, ajudam-no antes a ordenar as informações. Ou seja, o jornalista é apenas um explicador que verifica quais as informações mais fiáveis e ordena-as para que as pessoas possam apreendê-las de modo eficaz.

Com a sobrecarga de informações nesta nova era, o jornalista irá ter um papel crucial pois o público ainda não dispõe nem de tempo nem de formação suficiente para interpretar a informação. Por isso é sempre necessário alguém para seleccionar, informar, interpretar e julgar o que acontece no mundo, e é nessa pessoa que o utilizador confia e necessita.

Futuramente a característica mais valorizada na era da comunicação digital será possivelmente a credibilidade de um jornalista, pois através da confiança e reputação criadas do profissional junto dos cibernautas, fará com que o jornal digital onde trabalha não perca leitores.

Jornais Online

Porque não falar dos jornais Online, especialmente os informativos? Jornais esses que podem vir a acabar e se viraram para o mundo digital, perdendo ainda mais leitores em papel mas aumentando o número de visitas nos seus sites. Como o caso do jornal "O Público", que surgiu em 5 de Março do ano de 1990 onde ainda nem se sabia o que era a Internet.

Hoje o Site informativo do Público, o Público Online, é um dos mais visitados de Portugal, em Setembro de 2005, e de acordo com os dados da Marktest, foram 759 mil os internautas que acederam ao site do Público. Esse número é nada mais nada menos do que metade dos cibernautas do país e foi o número mais elevado desse ano.

Contudo a edição em papel perdeu para a online. O preço do jornal foi diminuído passando a custar 1 euro cada edição, porém nem assim as vendas subiram, e "O Público" já é por vezes distribuído gratuitamente. Cada vez mais os jornais tem a noção de que é necessário apostar na tecnologia para que sejam reconhecidos, pois em papel estão a perder cada vez mais seguidores talvez pelo simples facto de que a maior parte dos cibernautas são jovens, e que no papel não encontram nada que os cative ou lhes chame a atenção, preferindo a edição online que lhes dá mais liberdade de movimento.

Ao ganhar terreno como edição Online, " O Público" no passado ano de 2008 ganhou dois prémios de ciberjornalismo, nas categorias de Excelência e Breaking News, esta última pela reportagem vídeo realizada durante o assalto ao BES em Agosto do mesmo ano. Estes prémios foram atribuídos pelo Observatório de Ciberjornalismo, que tem como objectivo reconhecer o que de melhor se faz na área.